Início Meio Ambiente Alesp aprova PL que extingue órgãos de proteção ao meio ambiente

Alesp aprova PL que extingue órgãos de proteção ao meio ambiente

Entre os órgãos que serão extintos ou privatizados, estão o Instituto Florestal e a Fundação Parque Zoológico

Instituto Florestal (Foto: Governo de São Paulo)

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou no início da madrugada desta quarta-feira (14) o PL 529 do governador João Doria (PSDB), que prevê diversos ajustes na administração do estado e uma série de cortes para 2021. Na prática, o texto aumenta impostos e extingue órgãos públicos essenciais para o estado, como os que promovem a proteção ao meio ambiente.

Entre os órgãos que serão extintos ou privatizados, estão o Instituto Florestal (IF), a Fundação Parque Zoológico (ZOO-SP), a Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN), a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e o Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (DAESP).

O Instituto Florestal, por exemplo, dedica-se à pesquisa científica e é responsável pela gestão de 47 áreas protegidas. Trata-se de uma instituição superavitária, que gera ao ano cinco vezes mais do que é gasto com sua manutenção, segundo servidores. Estima-se que, ao contrário do que defende o projeto, a extinção do órgão provoque um prejuízo de cerca de 5 milhões ao ano aos cofres públicos, considerando a contratação de novos gestores para cada uma das áreas protegidas.

O PL 529 também mira a Fundação Parque Zoológico de São Paulo. A instituição atua com a reprodução de espécies da fauna nativa ameaçadas de extinção, além de abrigar o único centro de triagem estadual para acolhimento, cuidado e reabilitação de animais silvestres apreendidos por conta do tráfico de animais. O Zoológico também desenvolve programas de educação ambiental e pesquisas nas áreas de manejo e conservação de fauna silvestre e exótica.

Ao todo, foram 48 votos favoráveis ao projeto, o voto do presidente e 37 contrários, de um total de 86 votos, sem análise dos destaques, cuja votação ficou para a próxima sessão.

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