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Técnicos do Ibama apontam “gravíssimos impactos ambientais” em obra de hotel de luxo na BA

Empreendimento foi liberado pelo chefe do instituto no estado em área de desova de tartarugas

Construção do hotel Tivoli EcoResort (Foto: Reprodução)

Técnicos do Ibama emitiram uma nota técnica nesta segunda-feira (23) com diversas críticas à decisão do chefe do instituto na Bahia, Rodrigo Santos Alves, de retirar uma multa de R$ 7,5 milhões e liberar a obra de um hotel de luxo sobre a areia da Praia do Forte. De acordo com técnicos, a construção é irregular e pode afetar a desova de tartarugas marinhas.

Além de superintendente do Ibama na Bahia, Rodrigo Santos Alves é sócio da corretora de imóveis Remax Jazz, que atua na gestão de imóveis de luxo no litoral baiano.

Em nota, técnicos do Ibama afirmaram que a obra pode causar “gravíssimos impactos ambientais” e confirmam que se trata de um flagrante de crime ambiental. As informações são de reportagem de André Borges, do jornal Estado de S.Paulo.

“Toda a equipe foi unânime ao afirmar que o local em que estava sendo construído o muro era faixa de areia de praia. A materialidade e autoria da infração saltam aos olhos, visto que ao chegar no local da intervenção, a equipe do Ibama constatou que a empresa autuada estava construindo irregularmente e com gravíssimos impactos ambientais um muro de contenção sobre a areia da praia”, afirmam os fiscais.

“Assim, conclui-se que o Ibama jamais poderia se furtar de exercer sua competência legal diante de um flagrante de crime, para fazer cessar a degradação ambiental”, afirma a nota técnica em outro trecho.

Segundo a reportagem, a obra atualmente está paralisada. Imagens confirmam, no entanto, que o hotel está sendo construído sobre a areia da praia, como forma de conter o processo de erosão em frente ao hotel. A situação é causada pela deterioração das restingas, vegetação que cobre a areia.

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