O cardápio oferecido no Fórum Econômico Mundial de Davos, que começou nesta terça-feira (22), na Suíça, tem restrições em relação a carnes e produtos de origem animal. Acompanhando a discussão sobre o aquecimento global, as opções pretendem oferecer aos participantes uma alimentação balanceada e sustentável.
Apenas uma em cada 10 refeições servidas devem conter carne vermelha, e ela não deve ser oferecida repetidamente à mesma pessoa. Além disso, em cada encontro deve existir ao menos uma opção vegetariana, preferencialmente vegana, e alimentos sofisticados como foie grass, lagosta e caviar estão banidos.
A decisão segue a temática ambiental, um dos destaques do Fórum. Na última sexta-feira (17), o alemão Klaus Schwab, fundador do evento, divulgou uma carta pedindo para que todos os participantes do evento estabelecessem metas de emissão zero de carbono para suas empresas ou países.
As diretoras de sustentabilidade e engajamento do evento, Caroline Durand-Gasselin e Lisa Sweet, escreveram um artigo em que explicam as diretrizes. “Oferecer uma alimentação balanceada e que favoreça a saúde mental é importante para garantir que os participantes aguentem os longos e intensos dias no fórum”, justificam.
A boa notícia é que o agronegócio começa a reduzir o seu impacto ambiental”, escrevem as diretoras no texto em que afirmam que os atuais hábitos de consumo não condizem com as necessidades ambientais do planeta ou com a manutenção da saúde dos indivíduos. “Hambúrgueres a base de plantas estão se tornando acessíveis nos Estados Unidos e na Europa, e tecnologias sofisticadas vão ajudar a reduzir o desperdício de alimentos.”