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Pandemia deve acelerar desmatamento na Amazônia, diz estudo

Ministério Público já pediu na Justiça ações contra o avanço de crimes ambientais no bioma, que também colocam em risco povos indígenas da região

Foto: Vinícius Mendonça (Ascom/Ibama)

O avanço do coronavírus no Brasil deve levar ao aumento do desmatamento na Amazônia. A previsão é da consultoria Eurasia, que aponta como um dos motivos para a aceleração a falta de pressão internacional para a preservação do bioma em meio à crise do vírus.

A consultoria lembra que o presidente Jair Bolsonaro apenas tomou medidas para combater os incêndios na floresta no ano passado quando o tema ganhou destaque na mídia. “Ele finalmente enviou tropas para combater os incêndios na Amazônia e elevou o tom contra o ‘desmatamento ilegal'”, diz o documento.

Outro motivo para o aumento do desmatamento neste período, segundo a Eurasia, é a falta de recursos do Exército para atuar na proteção do bioma. “Recursos orçamentários e atenção que poderiam ser dedicados à Amazônia serão utilizados no combate à covid-19. Bolsonaro, por exemplo, pediu ao Exército que use suas instalações e pessoal para produzir desinfetantes para as mãos e cápsulas de hidroxicloroquina, apesar de sua eficácia não ter sido comprovada”, destaca o relatório.

O avanço da destruição no bioma também preocupa o Ministério Público Federal (MPF), que requereu na Justiça que sejam tomadas medidas imediatas contra o desmatamento na região. O pedido considera ainda que os crimes ambientais coloca em risco sanitário indígenas e populações tradicionais.

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