Em 13 de novembro, fará um ano que 15 mil cientistas assinaram uma carta de alerta à humanidade sobre as mudanças climáticas. O último número de assinaturas divulgado foi de 19.500, em março de 2018.
A carta, intitulada “Um Alerta dos Cientistas do Mundo para a Humanidade”, foi, na verdade, publicada em 1992, pela Union of Concerned Scientists, quando foi apoiada por 1.700 assinaturas. Os cientistas consideram que a situação do planeta piorou drasticamente desde a primeira publicação da carta.
Os assinantes consideram que a humanidade está em um estado emergencial de esgotamento de recursos para uma população que apenas cresce, mas “cientistas, influenciadores da mídia e cidadãos leigos” não fazem o suficiente para reverter essa situação. Segundo eles, caso não hajam ações imediatas, haverá uma perda incontável de biodiversidade e aumento trágico da miséria humana.
Os cientistas afirmaram que é preciso mudar o foco de desenvolvimento planetário, já que não é sustentável pensar em crescimento dependente de recursos. “Existem limites ambientais críticos para o crescimento econômico dependente de recursos”, disseram.
À época, o artigo foi bastante discutido, e o professor de ecologia da Universidade Estadual de Oregon, William Ripple, um dos principais autores do artigo, disse que a repercussão era notável: “O aviso de nossos cientistas à humanidade claramente atingiu a comunidade científica global e o público”. Contudo, estudos recentes e posicionamentos de ativistas como Greta Thunberg evidenciam que, no último ano, as mudanças ainda não foram significativas.