O Ministério do Meio Ambiente, sob gestão de Ricardo Salles, quer desconsiderar um dos tópicos do Plano Plurianual (PPA) da pasta que prevê a redução do desmatamento e incêndios ilegais em 90% em todo o país. A informação consta em documento obtido pelo jornal Estado de S.Paulo.
Em troca, o ministério defende a preservação de apenas uma área específica de 390 mil hectares na Amazônia por meio do programa recém-criado Floresta+ Amazônia. Com isso, a nova proposta também acaba com metas para os demais biomas brasileiros.
A nova proposta do ministério, que deve ser cumprida até 2023, corresponde a aproximadamente um terço do que foi desmatado na Amazônia entre julho de 2018 e agosto de 2019. Neste período, 1 milhão de hectares foram desmatados no bioma, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Salles tem argumentado que a troca da redução de 90% dos danos em todos os biomas por um valor pequeno e limitado à Amazônia é de que objetivo original seria amplo. A meta de preservação que Salles deseja derrubar foi inserida no PPA por meio de emendas de parlamentares e da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara.