A polícia americana prendeu 16 manifestantes que protestavam contra as mudanças climáticas, na sexta-feira, 11. Dentre eles, estava a atriz Jane Fonda, de 81 anos. Conhecida pelo ativismo político, Fonda passou a se envolver com o ativismo climático de forma intensa, recentemente.
O ápice do ativismo de Jane Fonda se deu nos anos 60 e 70, quando se envolveu com uma série de movimentos sociais. Posicionou-se ao lado dos Panteras Negras e em defesa da ativista Angela Davis, que inclusive visitou na prisão. Na mesma época, envolveu-se com a campanha contra a Guerra do Vietnã, viajando pelo país. Nessa ocasião, ocorreu uma polêmica em que fotos nas quais ela aparecia se divertindo com a situação foram divulgadas. Repetidas vezes, a atriz se desculpou publicamente pelo episódio. O ativismo antiguerra inclusive já rendeu uma prisão para Fonda, em 1970.
As ações marcantes voltaram a aparecer nos anos 2000. Em 2016, Fonda envolveu-se com uma campanha contra a construção de um oleoduto no estado americano da Dakota do Norte. O projeto atravessaria uma reserva indígena que abrigava terras sagradas para o povo nativo. Anteriormente interrompido por Barack Obama, a obra foi retomada pelo atual presidente Donald Trump, contra quem Fonda já participou de diversos atos e manifestações.
Este ano, a atriz declarou que se mudaria para Washington com o objetivo de lutar pelo planeta. Segundo ela, a intenção era ficar mais perto do lugar onde tudo estava acontecendo, para que os seus protestos tivessem mais efeitos. Inspirada pela jovem sueca Greta Thunberg, Fonda se envolveu no movimento “Fire drill Friday’s”, que consiste em promover protestos contra as mudanças climáticas todas as sextas-feiras. O protesto que levou à sua prisão, na última sexta, fazia parte desse movimento.