Novas manchas de óleo foram vistas em 19 localidades do litoral do Nordeste. A Marinha informou estar mobilizando equipes, junto ao Ibama e à Agência Nacional de Petróleo (ANP) para atuar na remoção do material.
As concentrações de petróleo cru reapareceram em oito praias de cinco estados da região: Búzios, no Rio Grande do Norte; Conceição e Itapuama, em Pernambuco; Japaratinga e Piaçabuçú, no Alagoas; Abaís, em Sergipe; e Morro de São Paulo e Moreré, na Bahia. O óleo foi avistado pela Marinha em 19 pontos diferentes dessas praias.
A reincidência do material traz preocupações quanto às consequências ambientais e à dificuldade de limpeza dos locais. Para tentar justificar a omissão do governo em relação à tragédia ambiental, o ministro da Defesa, General Fernando Azevedo, declarou ao Estadão que não é possível saber ainda se o derramamento continuará a reincidir por mais tempo ou não. “A duração do tempo, nós não sabemos ainda. Estamos aperfeiçoando os processos”, disse. Segundo ele, o governo está atuando desde o dia 2 de setembro. “Nosso objetivo é a contenção de danos, o monitoramento pela água e pelo mar. Todas estão sendo limpas imediatamente quando constatadas todas as manchas de óleo”.
O petróleo já atingiu pontos críticos como os manguezais, e a população tem se mobilizado para ajudar na limpeza das praias. Os especialistas acreditam que os danos são severos e, em alguns ecossistemas, podem ser irreversíveis.
De acordo com o Grupo de Avaliação e Acompanhamento (GAA), formado pela Marinha, pela ANP e pelo Ibama, as manchas têm avançado em direção ao sul da Bahia. A Marinha afirmou, ainda, que está investigando 30 navios, provenientes de 11 países diferentes, na busca pela possível origem do material. O número inicial de embarcações investigadas era de 1.500. Análises químicas do petróleo derramado já confirmaram que o óleo não é brasileiro.