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A produção de queijos vegetais não é novidade no mercado vegano, inclusive aqui no Brasil. Entretanto, esses produtos muitas vezes são vistos como de qualidade inferior aos queijos originais, e usados apenas na preparação de receitas ou como acompanhamento. Entretanto, uma inovadora produtora francesa prova que a degustação tradicional de queijos, onde esses alimentos são o centro das atenções, também é possível sem maltratar animais.

A especialista em queijos Débora Pereira experimentou queijos veganos na França e explicou sobre o seu processo de produção no blog Só Queijo, da editoria Paladar, do Estadão. No país, os queijos e leites vegetais não podem ser chamados por esses nomes, e os queijos são chamados de faux-mages, um trocadilho com a palavra original formage que indica que o produto é “falso”.

A marca que vem dominando esse mercado na França é a Jay & Jo, criada em 2014 pela venezuelana Mary Carmen Jähnke, que declarou ter sofrido bastante preconceito quando começou a produzir. Ela diz que a motivação para a criação da marca foi o isolamento sofrido por ela e pelo marido quando se tornaram veganos: “Não éramos mais convidados para jantares, nossos convidados não sabiam o que nos oferecer”. O casal fez uma série de cursos de especialização em processos relacionados à produção de queijo, como fermentação. Atualmente, oferecem várias versões veganas de clássicos do mundo dos queijos, como o Boursin e queijo azul (semelhante ao gorgonzola).

Ao redor do mundo, outras marcas oferecem esse tipo de produtos. É o caso da canadense Daya, da inglesa Tyne Chese, da suíça Niew Roots e da alemã Happy Cheez. Na Califórnia, existe a Kite Hill e a Miyoko’s Creamery. Também não é difícil encontrar queijos veganos no Brasil, embora o preço geralmente seja um pouco elevado.

Redação
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