As centenas de praias nordestinas que vêm tendo suas paisagens e seus ecossistemas prejudicados pelo vazamento de petróleo cru não receberam quase nenhuma ação de limpeza e contenção do problema. As manchas de óleo, que trazem uma série de problemas sociais e ambientais, têm origem ainda desconhecida e já apareceram em praias dos 9 estados da região.
Diante da situação, a ONG ambiental Greenpeace publicou no Twitter um vídeo explicando as dificuldades em ajudar na retirada do óleo. “O trabalho de combate ao impacto das manchas de petróleo exige conhecimentos e equipamentos técnicos específicos. Ele tem que ser feito por instituições especializadas e pelos órgãos competentes”, discorre o porta-voz Thiago Almeida, no vídeo.
Dúvidas sobre as manchas de óleo no Nordeste? Fizemos um compilado das principais perguntas que têm chegado em nossos canais e nosso porta-voz Thiago Almeida veio aqui respondê-las. #PetróleoNão pic.twitter.com/6oAu7Gqd0c
— Greenpeace Brasil (@GreenpeaceBR) October 18, 2019
Como resposta, também no Twitter, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, publicou uma edição desse trecho do vídeo seguido por imagens que mostram moradores limpando as praias sem nenhum tipo de equipamento específico. A ONG, por sua vez, rebateu com uma segunda parte do vídeo original, em que é dito que voluntários já vêm se unindo a instituições competentes para tentar minimizar os danos com a estrutura disponível.
Durante o final de semana um dos nossos vídeos foi cortado e editado para tirar de contexto uma fala do nosso porta-voz sobre as manchas de óleo. O corte foi publicado pelo ministro @rsallesmma e respondemos mostrando a realidade. https://t.co/FXZBUCNb2h
— Greenpeace Brasil (@GreenpeaceBR) October 21, 2019
As imagens de nordestinos limpando as praias na ausência de equipamento e apoio oficial têm sido divulgadas e aplaudidas na internet desde a semana passada. Embora seja uma atitude nobre, a limpeza pode acarretar riscos à saúde e até ao ambiente, e por isso é dever dos órgãos responsáveis do governo organizar as medidas de combate. Na ausência delas, as movimentações para retirar o óleo das praias se multiplicam na região. Reunimos alguns vídeos, divulgados na rede, que mostram as inúmeras situações em que a população se organizou na tentativa de recuperar as praias.
URGENTE: Precisa-se de voluntários na praia de Suape, Cabo de Santo Agostinho. Um grupo de pessoas estão no local fazendo a limpeza, mas eles precisam de ajuda. Segundo Informações, outras manchas grandes já passaram para dentro do mangue, a região mais sensível ao óleo… pic.twitter.com/YvRVKlDgbJ
— Recife Ordinário (@recifeordinario) October 20, 2019
Que cena impactante.
Espero que o #OleoNoNordeste não cause mais uma vítima. O Ibama contabiliza 17 animais mortos por causa do petróleo. O numero é subestimado, porque nem todos conseguem chegar a praia. pic.twitter.com/ZoUiAv1gpF
— Leandro Barbosa (@Barbosa_Leandro) October 19, 2019
1- Desde 30 de agosto, uma mancha de petróleo cru, conhecido como piche, tem se espalhado pelo litoral nordestino. O @Barbosa_Leandro conta nesse fio os detalhes desta situação que já considerada o maior desastre ambiental da história da costa brasileira.👇 #OleoNoNordeste pic.twitter.com/egTbRBGwQI
— The Intercept Brasil (@TheInterceptBr) October 20, 2019
Enquanto o @govbr sob Bolsonaro extingue plano de contingência e reage com lentidão ao #OleoNoNordeste, a população se mobiliza para lidar com os efeitos do vazamento na Praia dos Carneiros, em Tamandaré (PE) (via @DiarioPE) pic.twitter.com/5xN8ehVeCN
— Jeff Nascimento (em 🏠) (@jnascim) October 19, 2019
sextou e sujou, mas veio o povo e limpou#OleoNoNordeste
Cadê o Plano de Contingência @rsallesmma? pic.twitter.com/i2r8QyAauY— ClimaInfo (@ClimaInfoNews) October 18, 2019
4- Até o momento, o governo de @JairBolsonaro não acionou o Plano Nacional de Contingenciamento, que prevê ações em resposta a este tipo de desastre. O que levou o povo a agir na força do braço. #OleoNoNordeste pic.twitter.com/8KEy9gjSLx
— The Intercept Brasil (@TheInterceptBr) October 20, 2019