Após dois anos de estudos, pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) desenvolveram um plástico biodegradável que pode servir de alternativa para as sacolas convencionais. O plástico produzido no Laboratório de Engenharia Bioquímica e Biotecnologia (Lengebio) da federal paranaense consegue se desintegrar totalmente no solo em até cinco meses, enquanto os demais demoram cerca de 100 anos.
A criação dos pesquisadores também possui a vantagem de não deixar restos de substâncias no solo depois do processo de decomposição. Mesmo após a oxidação, os plásticos convencionais não desaparecem totalmente, deixando microplásticos que ainda podem ser encontrados no oceano ou no organismo de animais.
O plástico paranaense resultou em duas formulações parecidas, uma branca, com base em amido, e outra verde, com base em amido e algas. Ambas foram produzidas com aditivos biodegradáveis.
“As duas podem ser usadas pra substituir o plástico convencional. A vantagem do plástico verde é que ele tem uma aceleração da degradação do solo em 7%, comparado com o de base amido. A desvantagem é que tem um custo um pouquinho maior”, explica a coordenadora da pesquisa, a engenheira de alimentos Michele Rigon Spier.