O desmatamento na Amazônia nos primeiros quatro meses de 2020 superou o que foi registrado no ano passado, quando as queimadas tomaram conta do bioma e chamaram atenção de diversos países do mundo.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Pesquisas Espaciais (INPE), mais de 1.202 quilômetros quadrados de floresta foram destruídos entre janeiro e abril deste ano, o que configura em um aumento de 55% no desmatamento com relação ao mesmo período em 2019.
Trata-se do número mais alto para o período desde 2016, quando as medições foram iniciadas. Os números evidenciam a pouca efetividade das políticas ambientais do governo de Jair Bolsonaro, que já foi criticado internacionalmente por descaso com relação à Amazônia.
O desmatamento é causado em grande parte por madeireiros ilegais, além da mineração e agricultura em áreas protegidas. Bolsonaro, no entanto, pretende abrir mais regiões protegidas à atividade econômica, argumentando que os povos indígenas devem poder explorar economicamente suas terras.