Um novo estudo da Organização das Nações Unidas (ONU), “Making Peace with Nature” (“fazendo as pazes com a natureza”, em tradução livre), concluído em fevereiro aponta que a redução do consumo de carnes e laticínios, em especial nos países desenvolvidos, poderia reduzir a pressão sobre a biodiversidade e o sistema climático.
“Mudar os hábitos alimentares dos consumidores, especialmente nos países desenvolvidos, onde o consumo de carnes e laticínios que consomem muita energia e água é alto, reduziria a pressão sobre a biodiversidade e o sistema climático. Esses hábitos são uma função de escolhas individuais, mas também são influenciados por publicidade, subsídios alimentares e agrícolas e disponibilidade excessiva de alimentos baratos que fornecem nutrição inadequada”, diz trecho do estudo.
A pesquisa considera ainda que com, com o aumento da população global, a demanda por produtos agrícolas crescerá em pelo menos 30% até 2050, fazendo com que a agropecuária seja uma das atividades que mais coloque pressão sobre espaços naturais para formação de pastagens e produção de grãos para alimentar animais.
O estudo afirma ainda que o cenário é preocupante porque “houve uma mudança para dietas ainda mais ricas em carnes” nas últimas décadas, impulsionada por um maior acesso ao consumo de proteínas de origem animal. O trabalho avalia esse aumento como um risco ao cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) por impor crescentes riscos ambientais.