Fundada em 2018, o coletivo Bancada Vegana lançou este ano 11 candidaturas femininas em sete estados, todas disputando câmaras municipais. Candidatas são ativistas do movimento vegano e apresentam como principais propostas a reivindicação e ampliação dos direitos dos animais, assim como melhores políticas ambientais para os municípios.
De acordo com comunicado do grupo, o veganismo é um movimento que vai além da alimentação. “É um posicionamento político que vai contra esta indústria predatória que coloca o dinheiro acima do meio ambiente, da ética, do sofrimento e da vida de animais humanos e não humanos”, afirma.
Assim, por meio das candidaturas, o movimento busca “propor leis e promover mudanças estruturais urgentes, que garantam a ampla proteção dos direitos dos animais e a preservação do meio ambiente”. Ativistas concorrem em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio de Janeiro e Tocantins.
“Queremos levar para outro patamar o trabalho de ativistas pelos animais, além de unir e de representar, na esfera política, as diversas vozes e demandas em prol da causa”, informa a cofundadora da Bancada Vegana, Adriana Pierin, que também é fundadora da ONG Move Institute, que utiliza arte, design e moda como meios de conscientização sobre a defesa animal.
“A Bancada Vegana foi fundada porque acreditamos que as mulheres ativistas veganas podem ser agentes de transformação”, completa Adriana. Ela também destaca que o grupo não engloba apenas um partido, mas vários. “Não nos subordinamos a nenhum partido, estando a nossa ideologia acima dos interesses de todos eles. A bancada surgiu para pautar politicamente a sociedade sobre a causa animal, a alimentação consciente e a urgência da preservação do meio ambiente e dos recursos naturais”, finaliza.
Entre as candidatas, destaca-se a professora de literatura Duda Salabert, primeira mulher trans a se candidatar ao Senado. Ela é candidata a vereadora em Belo Horizonte pelo PDT. Há também candidatas que concorrem pela Rede, PT, PV e Podemos.