Sem acesso à água potável, os moradores da Ilha do Bororé, no extremo sul da capital paulista, buscam apoio para a instalação de um sistema de purificação de água no bairro em que vivem. Um financiamento coletivo busca recursos para que cerca de 300 pessoas de Santa Tereza, parte do bairro da ilha, sejam atendidas pela iniciativa. Atualmente, elas consomem água contaminada ou de caminhão pipa/galão.
De acordo com os organizadores da ação, serão instalados seis sistemas PW5660 de purificação de água em localidades específicas, com o processo intermediado pela Associação de Moradores da Ilha do Bororé (Amib) e apoiado pelo parceiro de mobilização comunitária e acompanhamento da Sapiência Ambiental.
“Iremos melhorar a qualidade de vida da população dessa área em diversos aspectos: redução significativa na ocorrência de doenças de veiculação hídrica (diarreia, hepatite A, leptospirose, verminoses, esquistossomose, dermatites e uma série de doenças gastrointestinais), aumento do bem-estar, e até mesmo melhora da capacidade de aprendizagem das crianças já que o consumo de água contaminada pode afetar a capacidade cognitiva”, explicam.
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Ilha do Bororé
O bairro, embora seja chamado de ilha, está em uma península na Represa Billings, e conta com três acessos: o primeiro, pela Balsa Bororé, que parte do final da Avenida Dona Belmira Marin, no distrito do Grajaú; o segundo, pela Balsa Taquacetuba, que faz a ligação com o bairro Riacho Grande, já no município de São Bernardo do Campo; e o terceiro, pela Avenida Paulo Guilger Reimberg, no distrito de Parelheiros. A região tem 80% de área coberta pela vegetação da Mata Atlântica, preservada em sítios e propriedades particulares. Está a 30 km do centro de São Paulo e desde 2006 é uma APA (Área de Proteção Ambiental).
Assista ao vídeo com os moradores da região que serão beneficiados: